Depressão2017-10-03T17:57:26+01:00

O QUE É DEPRESSÃO?

Falar de depressão

A depressão, nas suas várias formas clínicas, assume, hoje em dia, proporções inimagináveis. Ou talvez nem tanto, por existirem muitos casos diagnosticados como sendo de depressão, quando, de facto, se trata de outras situações. Ou por existirem muitas pessoas convencidas que sofrem de depressão porque tomam anti-depressivos. Ou pela enorme confusão entre uma tristeza saudável reactiva às situações de vida e uma perturbação do humor com foros de patologia. Ou, ainda, pela absorção de uma evidência cultural moderna que nos impele à eliminação rápida e imediata de qualquer emoção desagradável, definindo essas emoções como doentias.

No entanto, e apesar de tudo, permanece o facto de que cada vez mais pessoas se encontram medicadas e em tratamento de uma situação depressiva. As perturbações do humor, onde se incluem depressões major, distimias e bipolaridade exigem, pela sua elevada incidência e, muitas vezes, significativa gravidade, que os psicólogos se mantenham muito actualizados, do ponto de vista científico e focados na procura permanente de soluções mais eficazes, mais rápidas e mais abrangentes.

O que é uma depressão?

A Depressão tem sido uma das perturbações psicológicas mais discutida e avaliada devido à enorme quantidade de pessoas que afectou, afecta… e, não tenha dúvidas sobre o futuro, afectará! São uma em cada quatro pessoas que sofrem de depressão… dá que pensar, não é? Assim, é fácil fazermos contas e percebermos que existem pessoas que passam por situações como esta, com muito sofrimento, e sem perceberem que não se trata apenas de tristeza que persiste em ficar. É importante perceber que para além de tristeza prolongada e desinteresse, a pessoa deprimida fica sem vontade ou prazer em levar a cabo actividades que, anteriormente, considerava como agradáveis e sente-se sem energia ou com cansaço persistente. De uma forma geral, podemos encontrar queixas relacionadas com as funções vitais do seu organismo. Assim, dá-se normalmente uma modificação do apetite (falta ou excesso de apetite), as horas de sono também ficam alteradas (sonolência ou perda de sono) e o desejo sexual diminui gradualmente… atenção a estes sinais que são muito importantes! Ao mesmo tempo que todo o corpo começa a manifestar a presença da depressão, é frequente as pessoas deprimidas sentirem-se inúteis e sem valor, com a auto-estima muito diminuída, terem ideias relacionadas com a morte, sentirem-se incapazes de iniciar tarefas que desenvolviam com facilidade.

Se verificar que permanece mais de duas semanas com várias destas queixas a aborrecerem-no(a)… se calhar, este texto já o(a) está a ajudar a compreender que poderá estar a precisar de ajuda especializada.

Poderá considerar que já muitas pessoas sentiram algumas destas queixas ocasionalmente, sobretudo depois de terem passado por situações ou acontecimentos que as marcaram negativamente. Está correcto esse pensamento! No entanto, é fundamental estar atento à forma como estas queixas se podem tornar uma constante na sua vida, começando de forma gradual… Assim, ficou a saber que a depressão é diferente das mudanças de humor que todos temos pela permanência dos sintomas que a acompanham. As companhias indesejáveis que, por vezes, tem associadas são: a ansiedade e/ou perturbação de pânico.

E, se está a pensar que não tem idade nem tempo para ter depressão informamo-lo(a) desde já: a depressão não escolhe idades e pode durar desde alguns meses a alguns anos (infelizmente, com falta de tratamento adequado é bem possível que a situação se arraste indefinidamente)! De acordo com a sua duração divide-se em episódica, recorrente ou crónica. A importância do tratamento desta perturbação relaciona-se também com uma das suas consequências mais graves: o suicídio. Sabemos que morrem em Portugal, por ano, 1200 pessoas através de suicídio.

A depressão é mais comum nas mulheres do que nos homens: a Organização Mundial de Saúde, através de um estudo publicado em 2000 mostrou que 1,9 por cento dos homens tem episódios de depressão unipolar, enquanto nas mulheres o valor sobe para 3,2 por cento.

Sintomas frequentes

  • Humor depressivo durante a maior parte do dia, quase todos os dias
  • Diminuição de interesse ou prazer em quase todas as actividades
  • Perda de peso (sem dieta) ou aumento de peso significativo
  • Diminuição ou aumento do apetite quase todos os dias
  • Insónia ou hipersónia (necessidade de dormir muito) quase todos os dias
  • Inibição/lentidão de movimentos
  • Agitação
  • Náuseas, alterações gastro-intestinais
  • Fadiga ou perda de energia quase todos os dias
  • Sentimentos de desvalorização ou culpa excessiva quase todos os dias
  • Pensamentos recorrentes acerca da morte, ideias de suicídio ou tentativas de suicídio

Estar deprimido é algo que cada vez mais frequentemente utilizamos para descrever o nosso estado de tristeza. A depressão é, cada vez mais, vista como o flagelo das sociedades modernas, adquirindo recentemente, e de forma meteórica, o estatuto da constipação da saúde mental, pela sua frequência na nossa população. É amplamente reconhecido pela comunidade psi (profissionais de saúde mental) que a utilização deste termo como rótulo ou descritivo é, de um modo geral, abusiva na forma como as pessoas a utilizam. Surpreendente para muitos será a recente demonstração científica de que este uso abusivo do diagnóstico de depressão estará presente, também, na comunidade de profissionais de saúde mental.

Para fazer o diagnóstico de perturbações psicológicas, a maioria destes profissionais apoia-se no DSM-IV TR, o manual psiquiátrico que contém os critérios de diagnóstico para as perturbações psicológicas e psiquiátricas. Quando um cliente reúne um determinado conjunto de critérios, estão criadas as condições para a atribuição de um dado diagnóstico. Embora para algumas perturbações estes critérios sejam considerados por vários profissionais como ambíguos, ou pouco claros, os critérios diagnósticos para a depressão têm encontrado pouca oposição fundamentada cientificamente. Uma investigação conduzida recentemente na Universidade de Nova Iorque veio dar credibilidade a uma corrente de opinião no seio da Psicologia e Psiquiatria que defende que os critérios do DSM-IV TR para a depressão conduzem a demasiados diagnósticos falsos-positivos. Na opinião deste grupo de autores, os critérios do DSM-IV TR estarão elaborados de uma forma insuficientemente específica, o que leva a que que estados normais de tristeza como consequência de perdas na vida (ex. viuvez, desemprego, divórcio) sejam diagnosticados de forma errónea como depressão major.

Face a estas críticas, os autores do DSM-IV TR incluíram um conjunto de critérios críticos de diagnóstico para a depressão que, pretendia-se, reduziriam significativamente o número de diagnósticos falso-positivos. O que a investigação recente conduzida na Universidade de Nova Iorque veio demonstrar foi que, na verdade, a presença destes critérios críticos em pouco ou nada veio alterar o número de diagnósticos errados: antes de serem implementados estes critérios, os diagnósticos falsos-positivos rondavam os 30%; depois da sua implementação, cerca de 95% destes diagnósticos falsos-positivos continuavam a ser feitos .

Estes resultados têm claras implicações para os intervenientes no contexto da saúde mental: para os profissionais, implica uma reflexão cuidada acerca da forma como diagnosticam e tratam casos de depressão; para o Estado implica uma reflexão sobre o valor anual que se despende em comparticipação de psicofármacos anti-depressivos potencialmente desnecessários.

Acima de tudo, para os utentes do Serviço Nacional de Saúde, e de serviços de Psicologia e Psiquiatria privados, convida a alguma precaução na forma como “compramos” os diagnósticos: muitas vezes levamo-los para casa como rótulos que dificilmente descolamos de nós, chegando a falar de nós próprios como pessoas “depressivas”.

Nos dias que correm, parece ser uma tendência crescente esquecermo-nos de saber estar tristes. Foi um estado que se demonizou, como se qualquer tipo de tristeza implicasse perturbação mental. Pelo contrário, a capacidade de estar triste é o que existe de mais natural e normal na nossa natureza; fomos dotados desta capacidade como forma de processar as experiências dolorosas. A capacidade de sentir tristeza não é um sinal de depressão. Pelo contrário, muitas vezes, é a incapacidade de a sentir que nos conduz à depressão! Por isso, estejamos tristes quando for caso disso, para noutras alturas podermos estar alegres!

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Depressão o que fazer

Depressão: o que fazer?

Um pequeno e-book que esclarece a sintomatologia depressiva e oferece várias sugestões para um início de trabalho terapêutico, visando apoiar quem ainda não iniciou um processo de acompanhamento psicológico, ou se encontra nas suas fases iniciais. Conhecer o que se passa connosco é um primeiro passo importante para voltar a estar no controlo das rédeas da vida e, no caso da depressão, assumir a responsabilidade pela mudança é especialmente importante. Para ler atentamente, seguir as nossas sugestões e, inclusivamente, partilhar com familiares e amigos próximos.

Depressão: o que fazer?

Depressão o que fazer

DEPRESSÃO MAJOR

A Depressão Major é também conhecida por depressão unipolar, como referência à presença de apenas um pólo, ou humor extremo, neste caso o depressivo, por oposto à depressão bipolar, composta pela alternância entre humor depressivo e mania (euforia, intensa agitação e actividade).

As pessoas reagem de formas diferentes na depressão major. Algumas apresentam dificuldades de sono, perdem peso e sentem-se genericamente agitadas e irritáveis. Outras podem dormir e comer em excesso e sentirem-se sem valor e dominadas por sentimentos de culpabilização. Ainda outras podem estar aparentemente bem, funcionarem bem no trabalho e aparentarem bem-estar em situações sociais, enquanto, lá no fundo, se sentem verdadeiramente deprimidas e sem interesse pela vida. Não existe uma forma única de viver a depressão – no entanto, a maior parte das pessoas fica dominada ou por um humor depressivo ou por uma perda generalizada de interesse nas actividades que anteriormente a interessavam, ou por uma conjugação destes dois aspectos. Além disso, apresentam outros sintomas físicos e mentais que podem incluir fadiga, dificuldades de concentração e memória, sentimentos de impotência e desespero, dores de cabeça, dores no corpo e pensamentos suicidas.

Nos adultos, a depressão major afecta duas vezes mais mulheres do que homens. Em ambos, é mais comum na faixa etária dos 25-44 anos, sendo mais provável afectar pessoas na casa dos vinte anos, ainda que a idade dos primeiros sintomas tenha vindo a diminuir ao longo do tempo. Nas crianças, a depressão clínica afecta uma proporção idêntica de rapazes e raparigas. Ao longo de toda a vida, a depressão irá afectar 10 – 25% de mulheres e 5 – 12% de homens. Em qualquer momento que se observe a população, 5 a 9% das mulheres e 2 a 3% dos homens estarão deprimidos. As pessoas com um dos pais ou irmãos que tiverem sofrido de depressão major têm 1,5 a 3 vezes mais probabilidades de vir a sofrer da mesma perturbação.

Para aqueles que têm episódios recorrentes de depressão major, o curso desta perturbação varia. Algumas pessoas têm crises depressivas separadas por vários anos sem qualquer sintomatologia enquanto outras podem ter períodos ao longo do tempo com vários episódios. Ainda outras podem ter crises depressivas progressivamente mais frequentes à medida que envelhecem. Alguns estudos têm vindo a identificar que quanto mais episódios depressivos uma pessoa vai tendo, assim vai diminuindo o intervalo entre eles. Além disso o número de episódios depressivos que uma pessoa teve serve como critério de previsão de próximos: das pessoas que tiveram uma única crise, 50 a 60% podem vir a sofrer um segundo episódio de depressão; dos que tiveram dois, 70% pode vir a sofrer um terceiro e 90% das pessoas que tiveram 3 episódios de depressão poderão vir a sofrer um quarto.

Cerca de dois terços das pessoas que têm um episódio depressivo major recuperam totalmente; o outro terço pode não conseguir ultrapassar a crise ou apenas recuperar parcialmente – neste caso, a probabilidade de vir a sofrer de nova crise depressiva major é mais elevada.

Estima-se que 10 a 25% das pessoas que reúnem critérios clínicos para um diagnóstico de depressão major, sofreram previamente de depressão persistente.

O desenvolvimento da depressão major pode estar relacionada com algumas doenças orgânicas – cerca de 20 a 25% de pessoas afectadas por doenças oncológicas, acidentes cardiovasculares ou diabetes desenvolvem depressão major durante a doença. A intervenção nas doenças resulta mais complicada quando ocorrem em simultâneo com a depressão e o prognóstico do problema médico é menos positivo, o que faz sugerir fortemente um acompanhamento simultâneo psicoterapêutico, para resolução da depressão.

Frequentemente, outras situações do foro psicológico/psiquiátrico co-existem com a depressão major, como, por exemplo; o alcoolismo e toxicodependência, as perturbações de ansiedade, as perturbações de comportamento alimentar e a perturbação borderline da personalidade.

A gravidade da depressão major é indicada por alguns dados apontam que uma taxa de 15% de suicídio.

 

Critérios de diagnóstico

  1. A pessoa tem um episódio depressivo único:Para se considerar um episódio depressivo a pessoa tem de ter apresentado, pelo menos, 5 dos 9 sintomas abaixo, durante 2 ou mais semanas consecutivas, a maior parte do tempo quase todos os dias, e estes sintomas deverão ter representado uma mudança face ao seu funcionamento anterior. Um dos sintomas tem de ter sido ou (a) humor depressivo (em crianças e adolescentes, pode corresponder a irritabilidade) ou (b) perda de interesse ou prazer, na maioria ou em todas as actividades. c)Uma perda ou ganho de peso significativos (ex: 5% ou mais de alteração no peso ao longo de 1 mês, sem esforço de regime alimentar); pode ser, igualmente, apenas aumento ou diminuição de apetite; nas crianças, este sintoma pode surgir como não ganharem o peso esperado face ao crescimento. d) Dificuldade em adormecer ou permanecer a dormir (insónia) ou dormir mais do que o habitual (hipersónia). e)Comportamento agitado ou lentificado, de uma forma observável para os outros. f) Fadiga ou decréscimo de energia g) Sentimentos de desvalorização pessoal ou de culpabilização elevada (não referente ao facto de estar doente). h) Dificuldades de raciocínio, concentração ou tomada de decisões. i) Pensamentos frequentes sobre morte ou suicídio (com ou sem um plano específico) ou tentativa de suicídio.
  1. Os sintomas não indicam um episódio misto
  2. Os sintomas causam grande perturbação ou dificuldades de funcionamento familiar, ocupacional ou outras áreas importantes
  3. Os sintomas não são causados por abuso de substâncias (ex: álcool, drogas, medicamentos) ou por doença do foro orgânico
  4. Os sintomas não se devem a um processo de luto ou morte de um ente querido, mantêm-se durante mais de 2 meses, ou incluem grande dificuldade no funcionamento quotidiano, pensamentos frequentes de desvalorização pessoal, ideação suicida, sintomas psicóticos ou comportamento lentificado (psicomotricidade retardada).
  5. Não existe outra perturbação que explique melhor a sintomatologia
  6. A pessoa nunca teve um episódio maníaco, misto ou hipomaníaco (a não ser que tenha sido um episódio causado por uma doença médica ou pela utilização de uma substância química)

 

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Depressão major

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Depressão

A depressão é um tema sério! Muito sério e que requer intervenção correctiva por um profissional de saúde mental – psicólogo e/ou psiquiatra. Ficar bem não depende da sua força de vontade e ter desenvolvido uma depressão não é uma falha do seu carácter, nem uma medida de força ou fraqueza.

Pode consultar toda a informação sobre depressão aqui. E, no caso de existirem indicadores de que possa estar deprimido/a, marque consulta rapidamente.

DEPRESSÃO PERSISTENTE

As pessoas com depressão persistente, anteriormente designada por distimia, sentem pouca ou nenhuma alegria nas suas vidas – em vez disso, as suas vidas são bastante sombrias a maioria do tempo. Se sofrer de depressão persistente, é provável que tenha dificuldade em recordar-se de momentos em que se sentiu feliz, entusiasmado ou inspirado, parecendo que esteve deprimido toda a sua vida. Provavelmente, é-lhe difícil ter prazer nas suas actividades ou divertir-se; em vez disso, instala-se a falta de vontade de fazer coisas e a tendência para o isolamento, preocupa-se frequentemente e critica-se por se sentir um falhado. Pode, igualmente, culpabilizar-se, sentir-se irritado, sem energia e ter dificuldade em dormir normalmente.

A depressão persistente é uma forma de depressão, mais suave mas de maior duração, que afecta mulheres duas a três vezes mais do que homens. O diagnóstico aplica-se quando uma pessoa demonstra um humor depressivo durante pelo menos 2 anos. Para ser aplicado a crianças, bastará um ano de duração, e, em vez de tristeza ou humor depressivo, a criança poderá demonstrar irritabilidade. As pessoas com depressão persistente podem parecer medianamente deprimidas de uma forma crónica, a um ponto em que parece fazer parte das suas personalidades. Quando finalmente procuram tratamento, é provável que já sofram de depressão persistente há vários anos, em média 10 desde os primeiros sintomas – como surge precocemente na vida, entre a infância e o início da idade adulta, é habitual as pessoas terem-se adaptado de tal forma que consideram a sua forma de sentir e estar como normal. Este carácter crónico e que afecta o funcionamento normal em muito menor grau leva a que a depressão persistente passe despercebida, frequentemente e, logo, não seja tratada. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores as probabilidades de recuperação. No caso das crianças, muito em particular, o diagnóstico e correcto tratamento são fundamentais para prevenir o desenvolvimento posterior de perturbações graves do humor, dificuldades académicas e sociais e, mesmo, o abuso de substâncias mais tarde.

Em qualquer momento, cerca de 3% da população pode sofrer de depressão persistente. Quando existe depressão major na família, há uma maior probabilidade de se sofrer de depressão persistente, e a depressão persistente aumenta o risco de se vir a sofrer de depressão major – 10% das pessoas com depressão persistente evoluem para depressão major.

A depressão persistente surge, por vezes, associada com algumas perturbações de personalidade (evitante, dependente, histriónica, borderline, narcísica) e com o abuso de substâncias. A depressão persistente nas crianças está relacionada frequentemente com perturbações da ansiedade, perturbações da aprendizagem, deficits de atenção e hiperactividade, perturbações de comportamento e atraso cognitivo.

Critérios de diagnóstico

  1. A pessoa tem humor depressivo a maior parte do tempo, quase todos os dias, durante pelo menos 2 anos. As crianças e os adolescentes podem apresentar irritabilidade e basta uma duração de um ano.
  2. Quando deprimida, a pessoa exibe pelo menos dois dos seguintes sintomas:
    1. Comer em demasia ou perda de apetite
    2. Dormir demais ou dificuldades em dormir
    3. Fadiga, falta de energia
    4. Baixa auto-estima
    5. Dificuldades de concentração ou tomada de decisão
    6. Sensação de impotência
  3. Durante o período de dois anos (um para crianças e adolescentes) não existiu nenhum período assintomático.
  4. Durante esse período (2 anos adultos, 1 ano crianças/adolescentes) não existiu nenhum episódio de depressão major
  5. Não existiu nenhum episódio maníaco, misto ou hipomaníaco
  6. Os sintomas não ocorrem apenas na presença de outra perturbação crónica
  7. Os sintomas causam forte perturbação ou dificuldades no funcionamento familiar, ocupacional ou outra área importante.

 

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Depressão persistente

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Veja se o que sente poderá ser uma depressão persistente

A depressão persistente fala baixinho, mas tem de ser tratada

Depressão persistente

A depressão persistente tem sintomas menos visíveis e é mais arrastada no tempo. Não tendo o mesmo impacto no funcionamento diário do que uma depressão major, passa, muitas vezes, despercebida, ficando sem tratamento. Em dúvida, fale connosco!

Pode consultar toda a informação sobre depressão aqui. E, no caso de existirem indicadores de que possa estar deprimido/a, marque consulta rapidamente.

SOLUÇÕES PSICOTERAPÊUTICAS

Existem, essencialmente, e de acordo com a investigação científica, duas formas de actuar que registam boas taxas de sucesso: a farmacológica (que requer acompanhamento psiquiátrico) e a intervenção psicoterapêutica de abordagem cognitivo-comportamental que, de acordo com alguns estudos, pontua melhor na eficácia e durabilidade dos seus resultados. É desta que lhe vamos falar um pouco. O acompanhamento tem uma forte componente didáctica, ou seja, investimos bastante tempo a explicar os aspectos relevantes e contributivos para a manutenção da depressão e do funcionamento dos pensamentos que estão associados. Além disso, e dada a presença simultânea frequente com outras desordens, sobretudo de ansiedade, a sua presença é avaliada e desenha-se um acompanhamento terapêutico que permita, igualmente, tratar qualquer outro problema que possa existir. Para trabalhar concretamente a Depressão focamo-nos, sobretudo, nos seguintes aspectos:

  • Mudança de alguns comportamentos e de questões motivacionais
  • Modificação da relação com as distorções de pensamento que contribuem para a visão negativista que caracteriza esta perturbação de humor
  • Reconhecimento, registo e teste de padrões de pensamento e crenças negativas
  • Identificação de temas recorrentes ou comuns e emoções associadas
  • Aprender a lidar de forma diferente com a expressão das suas necessidades, modificando visões autocríticas e as expectativas irrealistas
  • Focalizar em situações futuras para reforçar necessidades importantes e expectativas realistas

Trata-se de um trabalho muito pragmático e muito centrado nas particularidades de cada cliente, visando a retoma rápida do equilíbrio, num primeiro momento, e a aquisição de competências de auto-gestão que possam servir, ao longo da vida, para a manutenção desse bem-estar. A intervenção psicoterapêutica pode ser feita num contexto individual – o cliente e o seu psicoterapeuta – ou em contexto de grupo (de 6 a 12 participantes). Qualquer das situações é eficaz e tem vantagens específicas: o contexto individual resulta mais personalizado, com lugar ao trabalho de outras situações adicionais à depressão; o contexto de grupo resulta mais económico e propicia uma aprendizagem mais rápida de algumas das técnicas. A primeira sessão, de avaliação, é sempre individual e pode ser utilizada para discutirmos qual poderá ser o melhor enquadramento para si, para que possa decidir sobre como prefere que seja feito o seu acompanhamento.

VÍDEOS SOBRE DEPRESSÃO

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