Você não é incapaz, você precisa de ajuda

Tempo de Leitura: 3 min

Você não é incapaz
Supermulher? Hum…. Não…. Super humana!

Medo de não estar a desempenhar bem o papel de mãe, de não ser suficientemente boa para aliviar o sofrimento do seu filho?
Insensível a alguns dos momentos “bélicos” do bebé?!
Demasiado cansada para lidar com as birras,  o banho, as novas rotinas de sono, com as pessoas no geral?
Cansada para fazer até aquilo que tanto gostava de fazer?
Chora ou irrita-se com facilidade?!!

Não se condene, você não é supermulher, você é super humana!

Não, não é a inaptidão que se apoderou de si, não se trata de ser uma má mãe, ou uma má mulher, provavelmente você precisa de ajuda. Você não deixou de ser forte, só está mais frágil neste momento e é necessário que alguém a oriente e que alguém seja o seu apoio, o seu suporte, pois pode estar perante um quadro de Depressão Pós-Parto.

Sabia que 10 a 15% das mães, principalmente mães do primeiro filho, sofrem de Depressão Pós-Parto?

Pois é, e até as mulheres mais fortes e seguras podem estar enquadradas nesta percentagem. Ou mesmo as mulheres que têm condições socioeconómicas favoráveis para experienciar esta nova etapa da vida.
A Depressão Pós-Parto poderá ser desencadeada pela combinação de um conjunto de fatores; biológicos, obstétricos, sociais e psicológicos. Ela pode surgir por uma diminuição dos valores hormonais, por dificuldades durante a gestação, pela ausência de uma figura de suporte, por uma gravidez não planeada, por complicações a nível profissional, pela readaptação ao novo papel de mãe, pelas alterações no dia a dia e na relação do casal, por problemas de saúde da mãe ou do bebé, ou por este nascer prematuro.

Entre estas e outras causas, a mulher nem sempre é alertada para a dificuldade que é assumir o papel de mãe, para os medos, as incertezas, as fragilidades. É sempre transmitida uma imagem de ternura, tranquilidade, harmonia.

A mãe é surpreendida pela responsabilidade do seu novo papel, pelas alterações que a sua “cria” provoca na sua vida e até na sua identidade, ou mesmo na imagem que tem de si própria.

Não, não é uma má mãe porque não vive as suas emoções com a intensidade que era suposta, porque não alcança os níveis de felicidade que nos são incutidos pelas massas da comunicação social, ou mesmo pela própria família, é uma mãe surpreendida pela dificuldade que é assumir um papel tão importante e pelas condicionantes que surpreendentemente lhe são impostas na sua vida. Não deixe de pensar em si por ser mãe. Sim, porque não é super mulher, é super humana e precisa de ajuda.

Se for o seu caso, marque consulta comigo!

Patrícia Alves
Patrícia AlvesPsicóloga Clínica e da Saúde
2018-03-03T13:08:05+00:0026 de Janeiro, 2018|
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