Hiperactividade com défice de atenção em Adultos2018-12-06T09:14:41+00:00
  • PHDA Adultos

PHDA também existe em adultos?

Nos adultos, os sintomas de PHDA são mais difíceis de definir do que aqueles que encontramos em crianças e adolescentes. Uma das razões é que o estudo da PHDA em adultos ainda precisa de maior robustez (em quantidade e qualidade). Assim, o que assume para já é que um adulto com PHDa foi uma crina e um adolescente com PHDA. Ou seja, esta perturbação tem sempre uma manifestação precoce que, se não for devidamente atendida, pode progredir agravando-se até à idade adulta.

Estima-se que, das crianças que têm PHDA ao chegarem aos 25 anos, 15% ainda apresentam a totalidade dos sintomas e 65% apresentam ainda sintomas que perturbam o seu dia-a-dia.

A evolução dos sintomas e sinais da PHDA é particularmente importante pois quando chegados a adultos tendem a apresentar menos sintomas na categoria de hiperactividade e impulsividade sendo mais notório uma dificuldade acrescida nos temas do défice de atenção.

SINTOMAS DA PHDA EM ADULTOS

Um teste rápido de PHDA em adulto

Probabilidade de PHDA em adultos

Será que as dificuldades que sente podem resultar de uma Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção em Adultos, que não está diagnosticada?

As suas dificuldades poderão ser PHDA?

PHDA em adultos

A Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA) resulta de uma alteração neurobiológica. É uma perturbação do desenvolvimento que se caracteriza por défice de atenção/concentração, impulsividade e/ou hiperatividade/atividade motora excessiva. Nos adultos, a sua configuração diversa e com características menos aparentes, torna-a difícil de ser diagnosticada, o que faz com que este problema passe largamente ignorado por quem dele sofre.

Um teste ao seu foco atencional

Foco atencional

Atenção concentrada ou abrangente, mas em que medida?

Como é o seu foco atencional?

Foco atencional

A sua atenção pode ser muito equilibrada, entre a concentração e a capacidade de abrangência que permite captar o que mais se passa à sua volta. Ou pode pender mais para um destes extremos o que, por si só, não é bom nem mau – apenas o condiciona na sua produtividade e poderá querer desenvolver mais o pólo de atenção oposto.

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

Quais poderão ser as causas da PHDA?

As causas desta perturbação não são totalmente conhecidas. Sabe-se que a estrutura cerebral das crianças com PHDA é normal, embora não produza substâncias químicas suficientes em áreas chave do cérebro que são responsáveis pela organização do pensamento, que podem resultar de causas como:

  • Hereditariedade;
  • Substâncias ingeridas na gravidez (álcool e outras substâncias tóxicas);
  • Lesões no sistema nervoso central;
  • Exposição a chumbo;
  • Problemas familiares;
  • Fatores Sociais.

Onde se manifesta?

Os sintomas podem manifestar-se em diferentes contextos, sobressaindo mais em alguns do que em outros: escola, casa…

E tem consequências graves?

Enquanto criança

Se não for sujeita a uma intervenção adequada e precoce poderá ter diversas consequências nos diferentes contextos da criança:  poderá baixar o seu rendimento escolar, ter mau aproveitamento, não conseguir controlar o seu comportamento, não conseguir garantir a organização e funcionamento das suas rotinas e consequentemente vivenciar um sentimento de falta de auto-controlo, insegurança, incapacidade de auto-regulação e baixa auto-estima.

Os sintomas de PHDA e a sua manifestação torna por vezes difícil a convivência da criança com os outros, é chamada frequentemente à atenção, começa a ter bastantes conflitos, repreensões. Por tantas vezes que perturba é por vezes injustamente culpabilizada o que leva a que possa sentir-se rejeitada, desvalorizada, o que contribui para que possa construir uma imagem negativa de si própria e baixa auto-estima.

Enquanto adulto

PHDA em adultos está associada a dificuldades com produtividade no espaço de trabalho e em manter o emprego. Do ponto de vista social os sintomas de PHDA podem resultar em inconveniências durante situações sociais ou colocar excessiva pressão na relação com familiares, amigos ou colegas. Assim, em muitos estudos efectuados, é frequente as pessoas que sofrem desta perturbação (e as suas famílias) apresentarem menor qualidade de vida que outros pessoas sem perturbação, assim como diversas dificuldades financeiras.

SOLUÇÕES PSICOTERAPÊUTICAS

Como pode evoluir?

Na maioria dos casos os sintomas persistem desde a infância até pelo menos à adolescência, podendo mesmo persistir na idade adulta. A evolução da PHDA depende das caraterísticas da criança, dos sintomas que manifesta e das consequências dos mesmos na sua vida, da existência de outras perturbações associadas, do ambiente familiar, escolar e social e da intervenção a que foi sujeita e quando foi sujeita.

Intervenção na PHDA em Adultos

Uma intervenção multidisciplinar que consiga abranger os sintomas de forma sistematizada, poderá permitir à pessoa superar as suas dificuldades e desenvolver estratégias para lidar com os sintomas e problemáticas da PHDA, com a colaboração dos familiares ou amigos mais próximos que interagem diariamente com a pessoa.

Psicoeducação

Esta componente da intervenção é fundamental para que a pessoa saiba concretamente o que é a PHDA, como se manifesta no seu caso particular e quais as consequências que lhe estão associadas. É esta fase que sedimenta os conceitos fundamentais para que a pessoa possa aceitar a perturbação e começar a desenvolver um maior sentido de auto-eficácia por perceber que é possível lidar com a mesma. Durante a psicoeducação também se disponibiliza informação sobre o tratamento e material escrito para que a pessoa s

Intervenção Psicológica Cognitivo-Comportamental

Uma abordagem cognitivo-comportamental assume que as melhores estratégias de tratamento para quem sofre de PHDA são:

1) O treino em resolução de problemas, organização e planeamento.

2) A utilização de técnicas de redução de distractibilidade e de estabilização de foco atencional (como Mindfulness e treino de foco atencional)

3) Reeestruturação cognitiva, ou seja, modificar os pensamentos automáticos negativos que a pessoa tem sobre si, muitas vezes acentuados por anos de baixa percepção de auto-eficácia e crenças centrais negativas sobre si própria.

Intervenção Farmacológica

As recomendações internacionais referem a medicação como primeira linha de tratamento. No entanto, e devido aos efeitos secundários ou à resposta insatisfatória dos medicamentos, a intervenção psicológica assume um papel muito relevante. Assim, a intervenção cognitivo-comportamental é recomendado sempre que:

a) a pessoa faça uma escolha informada de não tomar medicação;

b) o tratamento farmacológico está a ser ineficaz ou só parcialmente eficaz ou a pessoa é intolerante ao mesmo;

c) as pessoas têm dificuldade em aceitar o diagnóstico de PHDA e de aceitarem e aderirem ao tratamento farmacológico;

d) os sintomas estão em remissão e o tratamento psicológico é considerado suficiente para trabalhar sintomas suaves ou moderados sem impacto funcional significativo.

SABER MAIS

Dicas e Sugestões

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