Espelho meu, espelho meu, alguém me conhece melhor do que eu?

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Espelho meu, espelho meu, alguém me conhece melhor do que eu?

Espelho meu, espelho meu, alguém me conhece melhor do que eu?Olhe para o espelho e perceba o que vê do outro lado. Não se concentre apenas nas características físicas, mas se for mais fácil, até pode começar por aí.

Diga… o que vêm os seus olhos, o que dizem os seus olhos?

Muitas das vezes, quando olhamos para nós, não sabemos quem somos, pensamos que não gostamos do que vemos, não gostamos daquilo que conhecemos, mas nunca paramos francamente para olhar para nós, para pensar sobre nós, e deixamo-nos envolver numa série de pensamentos negativos acerca de nós mesmos, que fomos construindo ao longo da nossa vida. Muitas das vezes a nossa história pessoal marca-nos negativamente, ou porque alguém nos fez sentir assim, ou porque as circunstâncias da vida, ao longo do tempo, nos fizeram sentir assim. 

Sentir como? Sentir que não gostamos de nós. Mas na verdade, porque é que não gostamos de nós? E o que é que nós gostamos em nós? Experimente colocar isso no papel, experimente fazer uma lista das suas características positivas e das suas características negativas. Pense afincadamente naquilo que gosta e não gosta em si e compare. Se for difícil pode colocar outras questões como, o que é que eu não mudaria em mim, ou o que eu mudaria em mim? O que é que me faz sentir feliz, ou o que é que me faz sentir triste comigo própria. Do que é que eu me orgulho, ou do que é que eu me envergonho? O que é que os outros criticam em mim e o que é que eles me reconhecem. Concorda ou não com essa mesma opinião. Faça uma reflexão sobre esses pontos. Muito provavelmente vai perceber que gosta mais de si do que alguma vez poderá ter pensado. E talvez até que as suas características negativas não são assim tão negativas quanto isso. Se calhar, enrolamo-nos no tempo, durante anos, durante uma vida a pensar mal de nós, sem haver na realidade um fundamento, sem haver na realidade a organização de um pensamento. Temos crenças que não gostamos, que fracassamos, que não somos sociáveis, que podíamos ser sempre melhor do que somos. Quando paramos para nos organizar, percebemos que afinal nos enganámos durante todo esse tempo e que afinal existem coisas positivas… E que afinal existem coisas de que nos orgulhamos… E que afinal é fácil gostar de nós. Tudo isto pode ser possível se pararmos para pensar, se pararmos para olhar, se pensarmos naquilo que realmente somos, naquilo que queremos ou não mudar, sem medos, sem humildade, acreditando que atrás das nossas falsas crenças, podem estar respostas que nos façam acreditar, acreditar em nós.  Aprenda a gostar de si.

Elaborado por – Patrícia Alves

Patricia Alves
Patricia AlvesPsicóloga Clínica e da Saúde
2018-11-29T12:57:47+00:0029 de Novembro, 2018|
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