Performance cognitiva na velhice
Corremos, vivemos a mil, não há tempo que chegue! Sejamos honestos; esperamos que a hora mude para sentirmos que o dia é mais comprido. E para quê? Para encaixarmos “aquela coisa” que queremos tanto fazer!
Temos, muitas vezes, a sensação que, só quando nos reformarmos é que vamos poder aproveitar a vida. Para muitos será verdade devido às exigências da vida adulta – conjugar família, trabalho, amigos – o que nos deixa a necessidade de apostar numa fase mais tardia da vida para realizar alguns sonhos.
E que bom isso pode ser! Considerando que a esperança média de vida, em Portugal, ronda os 80 anos, ficamos com uma boa margem! Também é verdade que, para que isso possa acontecer, temos que que nos manter o mais saudáveis possível. Isso passa, obviamente, pela saúde física mas, também, pela manutenção das nossas capacidades cognitivas (leia, sobre este tema, o excelente artigo da Nice da Rocha, sobre o desempenho cognitivo).
Agora questões práticas
Sabia que todas as formas que nos fazem exercitar o cérebro servem para criar reservas (as chamadas reservas cognitivas) que nos protegem, no processo de envelhecimento, do aparecimento de sintomas que nos podem impedir ou dificultar a vivência de uma velhice gratificante? Pois é. A boa notícia é que podemos investir em nós a este nível ao longo de toda a vida. Ao desenvolver ou melhorar o nosso desempenho cognitivo para dar resposta às exigências de uma vida ativa estamos a investir, também, num envelhecimento cerebral saudável.
Pensemos na seguinte metáfora. Imagine que vive num bairro e que, no seu dia-a-dia, se cruza com o casal que tem o café, o senhor do talho, a Dr.ª da Farmácia, a vizinha do 3º andar, a filha do Sr. da mercearia que, por acaso anda na escola com os seus filhos… São ligações que se criam no dia-a-dia e que, num momento de necessidade, podem garantir que tem a ajuda que precisa. O que acontece no cérebro é algo semelhante. Criam-se ligações entre os neurónios que são em maior ou menor quantidade consoante o investimento que fizermos no nosso desenvolvimento. Quanto maior for essa rede de ligações mais protegidos estamos. Se falhar uma, temos várias outras que podem continuar a garantir as funções cognitivas.
E, como é que criamos essas ligações? Aprendendo coisas novas, estudando ou investindo em atividades prazerosas, fazendo atividades que exijam o uso do raciocínio, a memória, a atenção, a concentração e a linguagem (falada ou escrita). Tudo o que nos faça sair da nossa zona de conforto, o que exige ao cérebro que seja flexível e se adapte a novas situações.
O que lhe sugiro é que leia, converse, ouça música, faça jogos de estratégia, puzzles, passeie, experimente novos sabores, aprenda um instrumento musical… vale tudo, principalmente o que lhe der prazer! O cérebro tem uma capacidade plástica que vai ser essencial para compensar algumas dificuldades – aquelas que nos fazem dizer “a minha cabeça já não é o que era! – que vão surgindo naturalmente com o envelhecimento.
Por isso, encare a vida como uma maratona e toda a preparação que faz para ela e forma como a gere enquanto a corre, pode fazer toda a diferença no último terço do percurso! Aproveite muito!
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