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Vera Lisa Barroso

Vera Lisa Barroso

A maioria dos pais utiliza métodos de estabelecimento de disciplina que podem ser descritos de forma bem distinta. O Psicólogo Javier Urra, no seu livro o Pequeno Ditador, faz uma excelente síntese dos modelos educativos que gostariamos de partilhar consigo.

1)      Modelo Errático: neste tipo de modelo educativo observamos sobretudo a permissividade e a passividade. Quando falamos de liberdade sem limites aos filhos, falamos de igual modo de uma grande indiferença nas suas atitudes e comportamentos. Estes pais sentem-se muitas vezes insatisfeitos com as condutas dos seus filhos, mas não lhes oferecem um modelo eficaz que eles imitem, o que os faz ter comportamentos pouco adaptados socialmente e baixo autocontrolo. Paralelamente, gera nas crianças um sentimento de falta de carinho, falta de acompanhamento, insegurança e ansiedade.

 

2)      Modelo Autoritário: neste tipo de modelo observamos uma submissão severa, a força, a chantagem emocional, a correção excessiva e por vezes a ridicularização. “Os pais ostentam a autoridade e fazem-na cumprir com ou sem a colaboração dos filhos”.  Este modelo origina nas crianças dificuldade em interiorizar valores morais, desresponsabilização das suas condutas, desenvolvimento socio-emocional pobre, agressividade, ira, teimosia ou introversão e submissão temerosa.

 

3)      Modelo de monopólio/sobreprotecção: neste modelo observamos uma ansiedade paterna, falta de confiança e necessidade de exclusividade perante os filhos – “os filhos devem ser cuidados em todos os momentos, protegidos e mimados enquanto viverem em casa dos pais. Depois crescerão e em adultos tornar-se-ão responsáveis”. Este modelo gera nas crianças dependência, falta de iniciativa, egoísmo, intolerância, tirania e/ou desadaptação social.

 

4)      Modelo indutivo de apoio/democrático: neste modelo observamos uma autoridade baseada no diálogo, amor, sensibilidade e compreensão. Existe liberdade dentro de limites previamente estabelecidos. Deste modo, as crianças podem resolver problemas por si e aprender as consequências – “os filhos cooperam se são  induzidos a isso”. A família torna-se uma fonte de segurança onde o poder e controlo são delegados em função da capacidade da criança lidar com a situação. Este modelo gera indivíduos adaptados, confiantes, independentes, responsáveis e cooperantes.