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Muitos clientes entram na sala de consultas, deitando um olhar em volta entre o desconfiado e o receoso e que, de imediato, aligeiram quando reconhecem o ambiente como o de uma pequena sala de estar confortável com dois ou mais sofás e mesas de apoio. Os filmes ajudaram a popularizar a ideia de que a Psicologia, ainda hoje, se faz à meia luz, deitado num divã, e pela análise aprofundada e detalhada da infância. No início foi assim e ainda existem algumas correntes teóricas que permanecem neste modelo mas, em Portugal e na cultura anglo-saxónica, isto já é muito pouco habitual.

Uma consulta, particularmente na GudiGudi, assemelha-se muito a uma reunião amigável profissional em que o tema são as suas dificuldades e os seus sonhos e objectivos de vida. Para cada um, o seu psicólogo esclarece-o quanto aos mecanismos que operam na sua base e acordam mutuamente numa forma de criar as circunstâncias que deseja e de eliminar as dificuldades emocionais e comportamentais que tem vindo a sentir.

A exploração dos aspectos fundamentais da sua vida é necessária, claro. Porquê? Porque há um contexto para as dificuldades que sente. Na primeira consulta, muito em particular, é importante perceber como foi do ponto A ao ponto B – com isto esclarecido, é mais fácil traçar um plano. Além disso, têm de ser avaliados aspectos que podem ajudar num diagnóstico diferencial – ou seja, aqueles que nos permitem dizer que o que se passa consigo é isto e não aquilo. Depois das etapas de contenção e de trabalhadas as causas de manutenção, nalguns casos, iremos, então, olhar para elementos da sua história pessoal que possam ter estado na origem das dificuldades e trabalhá-los. Mas nessa altura, já nos conhecemos bem e a conversa flui naturalmente. E sem divã :)