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Paula Brito

Paula Brito

“O maior valor da vida não é o que você obtém. O maior valor da vida é o que você se torna.”

Jim Rohn (empreendedor, escritor e orador motivacional)

Os valores que prevalecem nas sociedades ditas desenvolvidas baseiam-se essencialmente em aparências e no consumismo exacerbado. Para muitos o “ter” tornou-se primordial, deixando para segundo plano o “ser”.

Ao longo das últimas décadas as pessoas, na ilusão de satisfazerem uma aparente riqueza, criaram a ideia de que para ter “estatuto” teriam de ter bens materiais valiosos. Começou-se a comprar todo o tipo de tecnologia de última geração, carro novo, casa nova…. E para satisfazer essa “necessidade” de aparente riqueza, contraíram-se dívidas sucessivas. Por arrasto começaram a criar-se vidas sem sentido, de casa-para-o-trabalho, do trabalho-para-casa, perdendo-se a noção do que é fundamental e do que é supérfluo.

As novas tecnologias tornaram-se numa dependência quotidiana e vieram substituir aquilo que deveria ser a verdadeira comunicação entre as pessoas. Trocam-se constantemente mensagens, telefonemas, comentários nas redes socias, e a comunicação cara a cara quase deixou de existir. A simples troca de olhares entre as pessoas torna-se cada vez mais difícil. A constante utilização das tecnologias faz parecer que é mais importante quem está ausente do que aqueles que estão mesmo à nossa frente. Não nos podemos esquecer de que somos seres sociais, e como tal precisamos de estar uns com os outros.

Quando refiro estar uns com os outros, quero dizer estar no verdadeiro sentido do termo! Aquilo que deveria ser considerado comunicação saudável passou para segundo plano com a desculpa de “falta de tempo”.

Precisamos aproveitar as nossas verdadeiras riquezas, a nossa paisagem, a nossa gente e tudo o que o nosso país tem de bom. Precisamos dar valor a coisas tão simples como o sol, o mar, o campo, a comida, as pessoas, a nossa simpatia… reconhecida pelos turistas como uma mais-valia. Mas se a nossa simpatia e a nossa capacidade de relacionamento é evidente para os turistas, porque é que não olhamos para quem está ao nosso lado?

É necessário e urgente haver uma reavaliação de prioridades. É cada vez mais necessário mudar de atitude e de hábitos. É necessário recriar uma nova forma de estar. As pessoas acomodam-se à sua zona de conforto e têm muita dificuldade em abraçar novos desafios.

Desafie-se a gostar mais dos outros. Desafie-se a gostar mais de si.