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Ingestão Compulsiva.1

Será possível alguém dizer que nunca comeu em demasia? Será possível alguém dizer que nunca se excedeu e abusou ferozmente de um apetitoso bolo, pudim, chocolate ou gelado? Raros serão aqueles que responderão afirmativamente a esta questão. Mas nem todos sofrerão de ingestão compulsiva.

Aliás, se pensar nela durante breves instantes, é bem provável que se recorde de alguns desses momentos. Lembra-se daqueles deliciosos almoços em família, tão bem preparados pela avó e capazes de reunir de forma entusiasta todos os familiares em seu redor? Ou daqueles demorados jantares de amigos, com deliciosas e tentadoras iguarias dispostas sobre a mesa, como uma arrebatadora obra de arte? Ou talvez ainda, de um apetitoso e abundante banquete de aniversário, casamento ou baptizado?

Seguramente que em alguma destas ocasiões, senão mesmo em todas, se recorda de ter cometido um ou outro excesso, de ter abusado de um ou outro alimento, tendo até por vezes comido para lá do exagero, ao ponto de sentir enfartada e indisposta. Talvez até consiga contar pelo número de dedos, as vezes em que isso lhe aconteceu, mas nem todas as pessoas o conseguem fazer. Há algumas que experimentam esse exagero com tamanha frequência, que já há muito perderam a conta aos dedos, e passaram a integrar esse comportamento excessivo no seu dia-a-dia.

Quando toda uma vivência diária é ditada por estes comportamentos, podemos estar perante um problema designado de “Ingestão Compulsiva”. Trata-se de uma perturbação alimentar no qual é comum estarem presentes:

– Pensamentos constantes e intrusivos acerca de comida e/ou comer;
– Sentimentos de vergonha, de poder ser observada nessas ingestões compulsivas;
– Isolamento na tentativa de esconder essas ingestões;
– Perda de controlo e inevitável comer excessivo;
– Mal-estar e cansaço físicos;
– Tendência para o aumento de peso;
– Baixa auto-estima;
– Culpabilização e sentimentos negativos face a si mesma;
– Isolamento social;
– Reduzida esperança na possibilidade de mudança;
Se pensa estar a sofrer de ingestão compulsiva, procure ajuda, é possível tratar este problema.
Autora: Joana Florindo