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Quando se fala no tempo que se passa com os amigos, em terapia, sabe quais são as respostas mais frequentes? “Não tenho tempo” e “Ah, isso dos amigos é complicado…”.

E porque é que abordamos sempre este tema, quando estamos a trabalhar para recuperar equilíbrio de vida e emocional? Porque a ciência nos diz que a sociabilidade é um dos pilares fundamentais onde assenta o bem-estar humano. Tão simples quanto isso! Num hipotético total isolamento, morremos. Na solidão, definhamos. No alheamento social a que muitas vezes nos votamos, bloqueamos e deprimimos. Pertencemos a uma espécie animal que vive na interdependência de grupos organizados, em que cada qual cumpre o seu papel e cada qual se multiplica em diversos papeis fundamentais face aos outros.

Por isso, descompliquemos, sim? A ideia não é perder-se em considerações filosóficas sobre a qualidade dos seus amigos, sobre o que é verdadeiramente um amigo, etc. Se gosta de partilhar uma gargalhada com alguém, considere-o um amigo, para os efeitos de que aqui falamos. Se se preocupa com alguém, considere-o uma amigo também. Os graus de distância que esse amigo tem do seu melhor amigo, é muito pouco importante neste caso.

A ideia também não é adiar sucessivamente os momentos de intercâmbio social porque as condições não são ideias e as horas estão atabafadas pelo trabalho-família-e-sabe-se-lá-quantas-coisas-mais. A ideia é encontrar soluções práticas para estar, presencialmente ou à distância, com os outros seres humanos com quem partilha afectividades e histórias de vida.

Deixamos-lhe algumas dessas ideias práticas. Alerta básico: as ideias são nossas; a prática tem de ser sua 🙂