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Não! A resposta é bastante simples. As TAC (Tomografias Axiais Computorizadas) e as Ressonâncias Magnéticas Nucleares (RMN) são exames auxiliares diagnósticos de imagem. Isto quer dizer que são exames que, caso haja dúvidas, ajudam a esclarecer o diagnóstico através de uma imagem (cerebral, neste caso). Ambos os exames dão informação sobre a anatomia do cérebro. Além disso, a ressonância tem formas de avaliar algumas funções cerebrais. No entanto, para que um qualquer exame ajude a fazer diagnósticos, ele tem de mostrar, de forma consistente, sinais típicos e distintivos de cada doença. Em psiquiatria isso não acontece!

Volta e meia aparecem nos media notícias sobre alterações cerebrais detectadas em imagens cerebrais. De facto elas são identificadas em alguns pacientes mas não são achados suficientemente importantes ou consistentes que tenham valor de diagnóstico. Além disso, não se conhece o real significado da maioria dessas alterações pelo que não interferem sequer com o tratamento.

Os exames de imagem cerebral são realizados sempre que seja necessário excluir doenças físicas que possam ser a causa de sintomas psiquiátricos. Quadros clínicos atípicos ou resistentes aos tratamentos são os motivos habituais para serem pedidos exames de imagem em psiquiatria.

Então como é que se fazem os diagnósticos em psiquiatria? Os diagnósticos são clínicos, querendo isto dizer que é a história clínica detalhada que permite chegar ao diagnóstico. Havendo dúvidas sobre algum sintoma, pode fazer sentido a realização de testes psicológicos que complementem a avaliação clínica, mas também não são essenciais.

 

Filipe Freitas PintoFilipe Freitas Pinto

Coordenador da Unidade de Psiquiatria

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