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Tem vindo a ser falada a relação estreita que existe entre dor crónica e depressão, quer nos círculos da Medicina, quer nos da Psicologia. No entanto, existe uma outra relação entre a dor e as perturbações ansiosas.

Num estudo recente, conclui-se que 45% de pessoas com dor persistente e resistente a intervenções médicas – articulações ou costas – sofriam igualmente de pelo menos uma das perturbações mais comuns da ansiedade. Além disso, esses 45% reportavam, igualmente, maior intensidade de dor e maior impacto negativo na qualidade de vida.

Exactamente como esta interrelação funciona ainda não está claro; no entanto, as conclusões deste estudo apontam para a necessidade de intervenções mais abrangentes e inter-disciplinares em casos de dor crónica, fazendo intervir abordagens psicoterapêuticas de reconhecido mérito na gestão de ansiedade e depressão, como forma de conseguir potenciar as intervenções médicas na redução da dor.

 

Referência: Kroenke K, Outcalt S, et al. Association between anxiety, health-related quality of life and functional impairment in primary care patients with chronic pain. General Hospital Psychiatry, 2013